sexta-feira, 5 de julho de 2013

Roman Krznaric - Como encontrar o trabalho perfeito

 
«Não se trata de encontrar o emprego de sonho que preenche todos os nossos requisitos - este é um ideal mitológico que é aconselhável abandonar.»
 
Talvez não existam trabalhos perfeitos, mas este livro explora conceitos interessantes como: o "paradoxo da escolha" - o que fazer num mundo cheio de possibilidades? -, a ciência falível dos testes de personalidade, as cinco dimensões que podem dar um sentido ao trabalho («ganhar dinheiro, alcançar determinado estatuto, fazer a diferença, seguir os nossos interesses e utilizar o nosso talento»), a "esteira hedónica" (que não é mais do que o conceito que explica que, à medida que temos mais, as nossas expectativas aumentam e passamos a querer ter mais ainda).
Fala sobre a pressão social e sobre a angústia que sentimos e que nos limita quando pensamos que, com uma mudança de rumo, vamos desperdiçar os anos que investimos na nossa formação. Formação essa que escolhemos aos 17 anos (ou antes até), quando éramos uma pessoa totalmente diferente da que somos agora. E, já que falamos em crescimento, convém lembrar que o facto de crescermos também faz com que o nosso trabalho perfeito de hoje não seja o mesmo de amanhã. Lidemos com isso.
Afinal, como mudar? Fazendo-o gradualmente ou drasticamente? O que é isso de «licenças sabáticas radicais, projetos de reorientação ou pesquisa conversacional»?
 
É um livro interessante, com algumas repetições aqui e ali a roçar a autoajuda (passemos à frente os pedidos de reflexão e elaboração de mapas), de leitura fácil, mas com conceitos teóricos que podemos absorver e relembrar em certos momentos da nossa vida.
 
«A crença que o trabalho é virtuoso causa bastante prejuízo.»
Bertrand Russel

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